V
As relações do nascituro com Deus e a questão do Batismo
33. Como são as relações do nascituro com Deus?— Deus disse ao Profeta Jeremias: “Antes que saísses do seio materno, Eu te consagrei” (Jer. 1,4). Também o Profeta Isaías exclamou: “Yavé me chamou desde antes do meu nascimento, desde o seio de minha mãe me chamou por meu nome” (Is 49,1). Deus conhece, pois, por seu nome, cada homem que vem a este mundo, e lhe designa uma missão que só a ele cabe desempenhar na sociedade dos homens.
34. Qual a missão que cabe a cada homem desempenhar nesta Terra?
— Tendo Deus criado o homem à sua imagem e semelhança, e sendo Ele infinitamente perfeito, a cada homem cabe representar uma determinada perfeição divina que nenhum outro homem fará brilhar como ele aos olhos do próprio Deus e dos demais homens. Assim, quando uma mãe pratica o aborto, é como se apagasse uma estrela que nunca mais brilhará neste mundo.
35. Qual o papel do batismo para a criança?
— Como descendentes de Adão e Eva, contraímos o pecado original. Assim, explica a questão o Catecismo da Igreja Católica (nº 1250): “Por nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo, a fim de serem libertadas do poder das trevas e transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus, para a qual todos os homens são chamados. A gratuidade pura da graça da salvação é particularmente manifesta no Batismo das crianças. A Igreja e os pais privariam então a criança da graça inestimável de tornar-se filho de Deus se não lhe conferissem o Batismo pouco depois do nascimento”.
36. Tudo isso é silenciado quando se discute a questão do aborto?
— Tanto se silencia a missão única que Deus incumbe a cada ser humano, quanto se negligencia o pecado gravíssimo de negar ao filho concebido a vida sobrenatural, fazendo-o morrer sem o sacramento do Batismo.
37. Se o feto abortado for batizado antes de morrer, ele recebe a vida sobrenatural?
— Sim, desde que o batismo seja ministrado enquanto ainda houver vida na criança. Mas ninguém tenha a ilusão de que, nos ambientes em que se pratica o aborto, seja fácil encontrar quem queira batizar o feto que está sendo brutalmente assassinado.
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